Toxina botulínica x preenchimento: saiba as diferenças dos queridinhos da dermatologia
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A aplicação de toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico são tratamentos consagrados na Dermatologia para tratar a pele, mas que ainda geram muita confusão nas pessoas sobre a finalidade de cada uma deles.
A dermatologista Endrika Trindade Magnago explica que a toxina botulínica é o tratamento imbatível no seu propósito de atuação: tratar as rugas. O mecanismo de ação é diferente de qualquer outra técnica, atuando diretamente no músculo.
"Ela é indicada para as chamadas rugas dinâmicas, que são causadas por vícios de expressão. Quando fazemos movimentos faciais, a pele acompanha esse movimento muscular de vai e vem. Com o passar do tempo, a pele pode "ir e não voltar" com a movimentação facial, surgindo as rugas de expressão, como os famosos "pés de galinha" quando a pessoa sorri, por exemplo. O objetivo da toxina botulínica é impedir que esse músculo faça esse movimento de contração da pele, fazendo que a ruga seja amenizada ou prevenindo sua formação", esclarece a médica.
As regiões do rosto que podem ser beneficiadas pela aplicação de toxina botulínica são onde há maior movimentação muscular, como: testa, entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos. Mas pescoço e lábios, para atenuar sorriso gengival, por exemplo, podem receber indicação, assim como o nariz (para levantar a ponta).
A toxina botulínica também é usada de forma terapêutica: para sudorese excessiva (inclusive no couro cabeludo), estrabismo, blefaroespasmo (contração involuntária dos músculos das pálpebras), enxaqueca, dores causadas por tensão facial, entre outros.
Preenchimento
Já o preenchimento é realizado com ácido hialurônico, uma das substâncias usadas para a face e corpo. De acordo com Endrika, o ácido hialurônico é basicamente uma grande molécula de açúcar, que é produzida naturalmente pelo nosso organismo. "Ele está presente em nossas articulações e até globo ocular, mas em maior quantidade na pele, onde preenche o espaço entre as células, mantendo a hidratação e elasticidade da pele. Porém, com o envelhecimento vai ocorrendo sua degradação", afirma a especialista.
A boa notícia é que ele pode ser encontrado na forma injetável, sendo biocompatível com o organismo humano e reabsorvível, o que evita rejeições e efeitos colaterais.
Na forma injetável pode ser usado para preencher rugas, sulcos e vincos, melhorar o contorno facial, em olheiras profundas, para aumentar e modelar os lábios, preenchendo também o "código de barras", aquelas rugas em torno da boca, tão comum em fumantes. Na forma mais densa, pode ser usado como volumizador do rosto, devolvendo o "recheio" perdido, uma das grandes causas de aparência envelhecida, ou no corpo para aumentar os glúteos, por exemplo.