Queda no consumo de açúcar reflete nas demandas do mercado

Consumidores buscam por produtos e rótulos limpos!
Menos é mais. Essa máxima está presente nos novos hábitos de alimentação dos consumidores. Há alguns anos, naquela ida ao supermercado poucos buscavam pelos produtos ditos saudáveis e com menos adição de açúcar. Agora na ida ao estabelecimento, encontramos uma seção voltada para esses alimentos e com grande variedade de marcas. Sim, os hábitos mudaram e dentre eles o menor consumo de açúcar é campeão.
Um relatório do Sugar Reduction - Regional Overview lançado em 2021 aponta que 40% dos consumidores globalmente afirmam que reduziram a ingestão de açúcar no último ano. Segundo a consultora supermercadista de varejo, Erica Barbosa, é esperado que para 2022 as indústrias continuem lançando produtos com os rótulos cada vez mais naturais e buscando inovar e desenvolver substitutos de açúcar, gorduras e sódio. "É desta forma, independente da categoria, ramo de atuação, ou tamanho da empresa, que para se manterem competitivos, os lojistas terão que abraçar esse mercado com as inovações"- explica.
Segundo a consultora, quem sair na frente e tornar-se referência vai cativar e possivelmente, fidelizar o cliente: "O acesso ao conhecimento aliado a oferta dos produtos menos industrializados nas prateleiras dos grandes mercados, tem incentivado o surgimento dos consumidores mais conscientes e os supermercados devem pesquisar e se preparar para abraçar esse crescente mercado" - destaca Erica Barbosa.
Durante a pandemia, a maioria das pessoas investiram nos dotes culinários e experimentaram nas receitas com zero ou menos açúcar. No retorno a rotina de afazeres, as pessoas continuaram com os hábitos de consumo, mas sem o tempo livre disponível buscaram no mercado o produto ideal para o consumo.
Para Erica, o mercado da culinária zero adição de açúcar está em ascensão, mas ainda muito carente de opções. "As empresas que fazem produtos diet cobram um preço alto e, neste cenário, o comércio deste tipo de alimentos tem grandes chances de crescimento e a procura pelos produtos adequados também cresce" - avalia.
Foto: Erica Barbosa/ divulgação