Pílulas para dormir, evite!

14/04/2022


Em uma população que viveu momentos inimagináveis por conta da pandemia do Coronavírus, entre as sequelas temos pessoas com ansiedade e muita falta de sono. Em pesquisa do Instituto do Sono, mais da metade dos brasileiros passou a dormir mal e a ter menos horas de sono e isto se prolonga até os dias atuais.

Para amenizar a falta de sono, muitos recorrem às pílulas de dormir e seus efeitos podem ser drásticos, é o que alerta a presidente da Associação Brasileira do Sono (Regional ES) e Especialista em Medicina do Sono e pneumologista, Dra. Jessica Polese.

"As pílulas de dormir que possuem as substâncias zolpidem e temazepam, podem se tornar viciantes e promover diversos malefícios, como provocar o sonambulismo, a perda de memória até quatro horas após a sua ingestão, podem ser perigosos se misturados a bebidas alcóolicas, causar sonolência diurna e até afetar atividades motoras", explica a médica.

Assim, acidentes podem ser causados em casa, no trabalho e no trânsito e levar até à morte por conta da ingestão destas pílulas. De acordo com a especialista, os sedativos têm sido associados a alucinações e comportamentos dissociativos.

Para pacientes com insônia, é preciso descobrir como está a rotina do sono para depois de testes verificarmos se há necessidade de medicamentos. "Vamos orientar a rotina do sono, saber da rotina do paciente, do momento da vida dele, de doenças, para depois recorrermos às pílulas, e em último caso", afirma Jessica. "A pílula pode ser um paliativo, na verdade vamos orientar antes e testar alternativas para o retorno do sono regular", pontua a médica.

E sigam sempre as dicas para uma boa noite de sono: Ambiente aconchegante, luz parcial, sem uso de eletrônicos como celular e televisão ao menos duas horas antes. O quarto é um lugar para relaxar, descansar e dormir, evitar distrações, tela azul e alimentação pesada antes de dormir.