Nova tecnologia para tratamento de hérnia de disco reduzem risco de infecção

Médico André Félix explica que a indicação cirúrgica leva em consideração as condições físicas e extensão da lesão

Com prevalência em pessoas entre 25 e 50 anos, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informam que 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco e que 30% da população mundial com mais de 50 anos apresenta alguma forma assintomática dela. O médico André Félix, especialista em Tratamento da Dor, aponta que as causas para o desenvolvimento de hérnia de disco são diversas, vão desde processo natural de envelhecimento até fatores genéticos.

"É possível, no entanto, evitar alguns dos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo e obesidade", orienta.
Dentre as técnicas cirúrgicas modernas para tratamento da hérnia de disco, André cita a cirurgia endoscópica da coluna. O tratamento é minimamente invasivo e é realizado com instrumentos de alta precisão. "A endoscopia da coluna é uma técnica cirúrgica, indicada como recurso terapêutico de hérnias de disco e estenoses do canal (estreitamento do canal), que vem modificando o tratamento cirúrgico da coluna, pois é um método menos traumático, com menos morbidade e resultados clínicos semelhantes quando comparado com as técnicas convencionais", aponta.

O procedimento é realizado através de vídeo e por meio de instrumentos especiais e de alta precisão, possibilitando a remoção das partes do disco lesado e fragmentos herniados, descomprimindo e aliviando a pressão no nervo e dentro do disco. Após a remoção, todo o instrumental é retirado cautelosamente e a musculatura retorna ao seu local. O neurocirurgião Francisco Kabouk relata que muitos pacientes sentem alívio imediato dos sintomas logo após o procedimento.
Dentre as principais vantagens da cirurgia endoscópica da coluna, Kabouk destaca que a incisão na pele é reduzida (normalmente de 8mm a 1cm); há um menor trauma/lesão da musculatura da coluna com consequente menor sangramento; baixo índice de lesões nos vasos sanguíneos (diminuindo a perda sanguínea), e baixíssimo índice de infecção.    

foto de Cloves Louzada.