Cuidado com as dietas milagrosas

08/02/2022

São tantos caminhos errados que pessoas procuram para tentar emagrecer, que a última notícia relacionada ao fato causou uma morte. O caso da enfermeira Edmara de 42 anos que faleceu após rejeição de transplante de fígado, por conta da paciente ter tido uma hepatite fulminante após consumo de "cápsulas de chá emagrecedor" acende o alerta mais uma vez para a procura desesperada por um corpo idealizado pela mídia e pela automedicação perigosa. "O que mais alertamos aos pacientes é de procurar um médico especialista e realizar todos os exames para procurar uma melhor forma de emagrecimento - caso realmente seja preciso - e nunca se automedicar e acreditar em receitas milagrosas, principalmente as que são divulgadas sem embasamento médico", afirma a endocrinologista e especialista em Medicina Esportiva, Gisele Lorenzoni.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) alertou que os produtos da marca que vendia o chá estavam proibidos no país desde 2020, e que esta atividade era clandestina. "Nunca compre um medicamento sem uma bula e indicação médica. O perigo de intoxicação é real", alerta Gisele. "Pouco se sabe sobre efeitos colaterais destes chás, plantas e as pessoas acham que como é natural são inofensivos e às vezes trocam a água pelo chá e isto pode trazer efeitos colaterais graves a estes pacientes, como dano hepático, dano renal, alterando enzimas hepáticas, por não se saber os reais prejuízos e benefícios que esses chás podem trazer para a população", pontua a endocrinologista.

Além dos riscos com produtos que podem ser tóxicos e afetarem órgãos do corpo, a médica ressalta que dieta sem acompanhamento médico pode gerar riscos à saúde: "As dietas radicais podem trazer prejuízos a curto e longo prazos, como alterações em taxas de colesterol, gordura e açúcares e levar a outros problemas e ainda um mau funcionamento do organismo", pontua.