Crescimento no mercado de coworkings chega à Serra

As mudanças nos hábitos de trabalho e a necessidade de cortar custos impulsionam cada vez mais esse modelo
Segundo dados mais recentes divulgados pelo Censo Coworking Brasil, entre 2015 e 2019, houve um aumento de mais de seis vezes em quatro anos no número de coworkings no país. No ano passado, um estudo da Newmark, consultoria especializada no setor imobiliário, apontou que os escritórios de coworking já somavam 1,6 mil unidades no Brasil. Para Wander Miranda, fundador da Enjoy Work - primeiro espaço de Coworking da cidade de Serra, a alta do modelo nos últimos anos, está ligada à inviabilidade da compra ou aluguel de imóveis, por parte de empresas e profissionais, devido a custos e despesas.
O avanço tecnológico, o crescimento urbano e as questões econômicas, trabalhistas e logísticas são fatores que fazem com que muitos empresários e profissionais liberais optem por trabalhar em coworkings, avalia o empresário. A economia em ascensão na Serra impulsiona o cenário empreendedor, que agora conta com seu primeiro espaço de coworking em Laranjeiras. A economia da cidade ultrapassou a de Vitória, capital capixaba, de acordo com estudo divulgado pelo IBGE. No estudo do PIB (produto interno bruto, que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos durante um ano), Serra registrou PIB de R$ 25,8 bilhões, enquanto Vitória ficou em R$ 21,6 bilhões.
O modelo de coworking está em nítida ascensão no Brasil. "O conceito consiste em compartilhar um escritório entre diferentes empresas e profissionais. Os locatários, além do espaço físico, têm direito a ar-condicionado, internet, telefone, móveis, salas de reunião privativas, entre outras possibilidades" afirma Wander.
O coworking permite fugir de uma infinidade de inconvenientes presentes nos ambientes corporativos tradicionais, tais como a manutenção e operação do local, burocracias relacionadas a impostos prediais, além da possibilidade de fugir de encargos relacionados a empresas prestadoras de serviços, tais como telefone e internet.
"O modelo vai de encontro a uma necessidade primordial nos tempos atuais: a redução de custos, já que a compra ou aluguel de imóveis, por parte de empresas e profissionais, tornou- se inviável devido às despesas" avalia Wander.
Networking
Vale destacar que outro ponto positivo dos coworkings, é a possibilidade de se frequentar um ambiente onde profissionais e empresas de diferentes linhas de atuação coexistem, o que gera benefícios na hora de aumentar a rede profissional e de contatos, aumentando a possibilidade de conseguir potenciais clientes, parcerias e oportunidade.