A luta contra o preconceito: como mãe e filha provaram que pessoas com autismo podem ter sucesso

15/05/2023

Sabe aquela história que inspira e ao mesmo tempo emociona? Leide Pires, de 50 anos, depois de 11 anos de formada em dois cursos superiores, administração e marketing, voltou a ser aluna de uma terceira graduação apenas para acompanhar a filha Bárbara Pires, 24 anos, que tem autismo. Com a finalidade de prestar todo apoio à sua filha, Leide resolveu ingressar na faculdade de direito.

"Bárbara, muitas vezes foi desencorajada a ter um curso superior porque carregava a ideia de que pessoas com o transtorno do espectro autista não poderia ser uma profissional bem sucedida, então eu quis encarar esse desafio com ela para mostrar que é possível, sim, ter uma vida normal, apesar das limitações", relata Leide.

Bárbara não concluiu a faculdade de direito, pois não se identificou com o curso. Mas a mãe seguiu firme e forte. A jovem resolveu então fazer moda, mas também não era isso que fazia os olhos dela brilharem. Partiu para medicina veterinária – a formatura acontece no final de 2023 - e junto a isso fez cursos de tatuadora e aplicação de piercing.

"Hoje o meu estúdio de tatuagem é a minha vida. Esse é o caminho que quero me desenvolver cada vez mais. E ter a minha mãe por perto é maravilhoso. Ela administra meu estúdio, me acompanha nos cursos de tatuagens e body piercing, me dá conselhos, é a minha base", fala orgulhosa Bárbara.

Mas o caminho percorrido não foi fácil, Leide lembra que enfrentar o preconceito é uma luta diária e contínua. "Cada esforço pode fazer a diferença, por isso, não temos medo de falar e de nos posicionar contra o preconceito".

Serviço:

Endereço: Avenida Nossa Senhora da Penha, 595, Santa Lúcia, loja 55, Edifício Tiffany Center, Vitória.

Telefone: (27) 988169423

Instagram: @barbarapirestattoo